UMA NOITE DO BEM
Fotos por Rafael Kage
Texto por Laura Luz
A Abertura do
Rock do Bem 7 já deu o norte de todos os outros dias.
Um atraso de mais de uma
hora só aumentou a expectativa e a ansiedade desse evento que ínsita os
melhores sentimentos humanos nos expectadores. Uma noite de
quarta incomum no Sesc! Apesar da música
costumeira desse dia, o evento atraiu um público de bauruenses maior que o de
costume e os universitários com presença marcada, dessa vez, foram camuflados
por um número grande de moradores fixos da cidade.
Midnight Special
O Midnight
Special abriu a noite fazendo um belo tributo a banda Creedence, onde todos da
banda vestiam a camisa do Rock do Bem literalmente, deixando de lado o estilo
marrento do rock. O chapéu country
ornamentava as mais diferentes cabeças da banda, com exceção do baterista que
honrou a sua bandana vermelha no palco.
Um cinturão na
alça dourada da guitarra incrementada ainda mais o estilo do vocalista, que
dizia empolgado entre as músicas “Ainda há esperança para a humanidade”
apontando para uma criança na platéia tocando alegremente a sua air guitar ao
som fervoroso da banda. Era realmente espantosa a quantidade de crianças loiras
com franja no olho empolgadas em frente àquele palco!
Todos estavam muito falantes. O baixista comentou a “vida própria” da bateria, fazendo piada dos problemas técnicos. A impressão inicial seguida do atraso deram lugar a uma platéia cheia e faminta por rock. Os aplausos eram constantes e o momento em que mais se destacaram não foi no hit eterno “Have you ever seen the rain”, mas sim no momento em que o baixista anunciou que a caçamba de doação de brinquedos estava lotada.
Muitas pessoas apareceram, se esbaldaram e o público cativo foi lembrado e citado a todo momento pelos membros da banda. A música “Midnight Special” que inspirou o nome da banda pareceu ser mesmo aquela que a toca e a saideira com “Proud Mary” pôs de vez a galera extasiada.
High Voltage
O público chegou
mais perto. Um cover de AC/DC não poderia ser menos atraente e visceral. Até um
sósia de Angus Young balançava o cabelo comprido, com bermudinha e roupa
colegial.
Duas guitarras,
baixo, bateria e vocal eram assistidos por um time de cabeludos e motoqueiros,
além de um público menos óbvio, que atendia obediente aos constantes chamados
por palmas e gritos.
Calcanhar
direito, calcanhar esquerdo... Nessa sincronia o guitarrista marcava o ritmo de
“Whole Lotta Rosie”. A interação era menor que na primeira banda, mas a
resposta do público muito maior.
O auge do show aconteceu quando Emi, de 4
anos, o filho do vocalista subiu no palco no colo do pai e puxou a música “TNT”
– “Oi, oi, oi, oi!”. O público vibrou!
O show foi longo o suficiente para satisfazer o público, que em breve seguiria para mais uma
etapa do Rock do Bem no Jack Pub.
Midnight Special + High Voltage
Por Rafael Kage
Nenhum comentário:
Postar um comentário