CHUTE NA CARA!
Fotos por Bianca Dias
Texto por Charlinho Rancoroso
Como um chute na cara começa a
sexta-feira do Rock do Bem no Jack. A primera banda que sobe ao palco é a
bauruense D.O.S., e o som é bruto, pesado, violência sonora. A banda, velha conhecida da cena
da cidade nunca decepciona quem vai pro rolê a fim de curtir extremidade
sonora.
Uma apresentação técnica e
impecável faz com que eu sempre me pergunte como uma banda dessas ainda está
por Bauru. É banda que conseguiria público em qualquer canto da Terra, ou até em Marte, quem sabe???
A gritaria é infernal, de fazer
coçar o ouvido, as guitarras são absurdas, fazem com que qualquer fã do gênero
fique hipnotizado pelo que as cordas produzem.
Um bicudo sem aviso na sua face
programada pra ouvir canções bonitinhas pra ganhar as moçoilas na balada hype.
Depois de algumas semanas sendo
praticamente forçado a ouvir toda a cachecolzice do mundo modernê, esse foi meu
desafogo para um ano banhado a leite com pera, rap universitário e sanfonas saltitantes.
RÁPIDO, CRU E OLD SCHOOL. PRECISA
MAIS QUE ISSO?
Texto por Jayme Rosica
A segunda banda a entrar no palco
da noite independente de sexta-feira no Rock do Bem foi a Fetus Humanóides. Mandando um hardcore bem old
school, a banda empolgou o pessoal que sempre prestigia os eventos do gênero em
Bauru.
De repente vejo que é uma mina na
batera, e, melhor ainda, ela destrói, toca pra caralho!
Com cara de independente a banda desmontra sua personalidade com letras fortes, e que se encaixam perfeitamente à sonoridade do grupo. Vejo a galera pogueando e se divertindo bastante com o som rápido e agressivo que domina o ambiente com grande facilidade.
Um som ligeiramente simples, mas
rápido e forte, como toda banda de hardcore que se preze deve ser.
O diálogo é tão harmonioso que quem assiste nem percebe, pensa que é apenas música.
Olhos
atentos dos que vêem, alguns nem se mexem, outros se contorcem ou sorriem,
balançam os pés. E os instrumentos continuam falando e falando, recebem
respostas em forma de palmas e satisfação. Acho que gostam, pois continuam a
repetir os sons, códigos de um idioma próprio que às vezes fazem pensar “o que
será que eles dizem tanto?”.
O que sei é cada um entende como quer.
E só
ouve quem quer. Se achar que é apenas barulho, será só barulho. Mas na verdade
são palavras em forma de notas musicais que se confrontam com o silêncio, se
desdobram e viram um som denso, adquirem um espaço de tranqüilidade em meio ao
caos e... chega.
Melhor não falar mais e apenas ouvir. Melhor deixar que se entendam entre os intervalos do silêncio.
MACACO BONG TALK SHOW
Texto por Bianca Dias
“Macaco Bong?” “É,
Macaco Bong.” Nunca é demais assistir pela segunda vez. Vamodámaisuma então.
“Não
tem nenhum cantor não...” e nem precisa. A guitarra fala, o baixo fala e a
bateria também; conversam entre si o tempo todo, discutem, às vezes gritam, mas
sempre se entendem.
O diálogo é tão harmonioso que quem assiste nem percebe, pensa que é apenas música.
O que sei é cada um entende como quer.
Melhor não falar mais e apenas ouvir. Melhor deixar que se entendam entre os intervalos do silêncio.
D.O.S + Fetus Humanóides + Macaco Bong + Generator + Aleluia Bitch + Raimundos + The Almighty Devil Dogs + Cavalo Morto
Por Bianca Dias
Nenhum comentário:
Postar um comentário