Graças ao Javanês

30 de janeiro de 2013
0
Texto e Fotos por Pâmela Antunes

A XII Mostra de Teatro Paulo Neves começou dia 22 de janeiro e vai até o dia 3 de fevereiro passando pela Casa de Cultura Celina Neves e Teatro Municipal. 
Nessa segunda feira (28) foi apresentada a peça “O homem que falava Javanês” do autor Lima Barreto  numa adaptação de CalebPratrício e direção de Marco Giafferi com elenco: Anderson Silva, Caleb Patrício, Claudio de Souza, Denilson Neto, Irene Santiago, Jose Saturno, Juliana Almeida e Thalles Mandelli. 


O espetáculo aconteceu no Teatro Municipal, com público bom e um clima agradável, as 20h20. Uma comédia satírica, narrada por Castelo, um Bacharel em direito que estava na miséria que conta a seu amigo Castro como conseguiu um alto cargo público federal, se passando por professor de javanês mesmo não sabendo a língua. Foi aprendendo o alfabeto em javanês e decorando alguns autores que consegui enganar o Barão de Jacuecanga. A sorte esteve ao seu lado, ganhou a confiança e simpatia do Barão e assim conseguiu grandes cargos além de uma bela herança. 



A peça faz críticas às pessoas que se aproveitam de amizades e influências para conseguir empregos ou promoções mesmo não estando aptas. Para conferir a programação completa da IV Mostra de Teatro Paulo Neves basta acessar o evento no Facebook. Os ingressos são vendidos na Casa de Cultura Celina Neves (rua Gerson França 6-66) ou no local da peça.

Para ver mais fotos da apresentação, acesse nossa página no Facebook!
Leia mais...

Lesado em Bauru

24 de janeiro de 2013
0

Texto e Fotos por Julia Gottschalk



No último dia 22 começou em Bauru a XII Mostra de Teatro Paulo Neves. Em 2013 comemora-se a décima segunda mostra de teatro e ao longo desses anos foram produzidos mais de 100 espetáculos.

A Casa de Cultura Celina Neves que foi onde ocorreu a abertura foi inaugurada em 2011, pensando exatamente na ampliação das possibilidades tanto do curso de teatro quanto da mostra. A peça que abriu o evento foi “Lesados”, com texto de Rafael Martins e direção de Paulo Neves. Antes da peça o diretor falou um pouco sobre seu trabalho e também apresentou seus dois filhos, Talita e Thiago Neves, contando que tudo lá na companhia, é feito em família.

Logo ao entrar na Casa de Cultura Celina Neves fomos recebidos com suco de laranjas frescas vindo das do pomar lá do quintal. Uma forma de receber os convidados e alunos de maneira amigável, que passa o bom astral do ambiente, como se estivessem recebendo os vizinhos para um lanche da tarde.

No quintal, onde fica a semi-arena de teatro, vemos uma estrutura de metal e uma corda, que compõe o cenário. São três atores e uma atriz que divagam sobre a vida por 50 minutos, enquanto ensaiam um possível suicídio. Assuntos como a vida, o sentido dela e Deus vão e voltam assim como as emoções de alegria e tristeza. 

O Teatro do Absurdo, o gênero qual a peça pertence, não tem sido muito explorado e o próprio Paulo Neves convida o público a apreciar essa obra qual ele diz ter dirigido com muito carinho. Para quem ficou curioso a mostra acontece até o dia 3 de Fevereiro com peças tanto na Casa de Cultura Celina Neves quanto no Teatro Municipal. A Peça “Lesados” também terá uma segunda edição amanhã, novamente na Casa de Cultura às 20h. 


Os ingressos para a 12ª Mostra de Teatro Paulo Neves são vendidos no local da peça ou na Casa de Cultura Celina Neves (rua Gerson França, 6-66). Quem quiser pode adquirir um pacote promocional com várias peças ou individualmente por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Informações: (14) 3243-1150.

Para ver mais fotos, acesse nossa página no Facebook!
Leia mais...

Sobre cinco reais numa nova esperança

23 de janeiro de 2013
3
Texto por Higor Boconcelo
Fotos por Jayme Rosica





       “A cena do rock underground deu uma estacionada por cerca de dez anos aqui na cidade, há uns dois anos começou a voltar”, conta Aran Carriel, vocalista da banda Autoboneco. Sons autorais e o grande leque de subvertentes do gênero são alguns dos ingredientes que não podem faltar ao bom rolê underground, somando também cerveja gelada e barata. Em sua quinta edição, a Festa do Exílio na Avenida Principal trouxe o que era preciso e um pouco mais (lê-se mais som bom e mais bebida barata).
      Com portaria acessível e espaço adequado, a antiga república que agora dá espaço ao 
Exílio ArtPub recebeu seu público fiel no último sábado prometendo nada mais que os ingredientes citados acima, o que para os presentes já estava de excelente tamanho.
      A primeira banda a impregnar o ambiente com som autoral inspirado desde grupos consagrados como Melvins, The Cure e Pixies à mangue-beat e trilhas sonoras de videogame foi a bauruense 
Dhámma. O baterista do grupo, Khalil Axcar, aprova a iniciativa do pub uma vez que “a apresentação de propostas de meios de expressão que não sejam os mesmos batidos de sempre, que respondem a outras demandas é algo absolutamente necessário para a formação crítica-cultural de uma pessoa, principalmente na faixa etária presente no evento (adolescentes e adultos)”.

Sobre cinco reais numa nova esperança
    Além do aditivo cultural, ele também afirma que o último sábado serviu como oportunidade de reencontros de amigos e chances para re-estabelecer laços, “principalmente pela localização do Exílio, um ponto crucial do desenvolvimento underground bauruense”. Falemos dela então.




A Avenida Principal e o Underground

 Facilmente perceptível a pluralidade da tal 
Avenida Principal. Ora, se o vizinho do Exílio já não fora danceteria, casa de pagode, rap, balada sertaneja e hoje se resume a uma síntese de todos os estilos passados?! Mas, em sua extensão, a Avenida já abrigou também dezenas de snoocker bars e pubs (quando não os dois ao mesmo tempo), que deram espaço ao cenário underground e que uma jovem memória consegue lembrar.
   Opções para todas as idades. O falecido Under Rock Bar era a casa das bandas independentes dos adolescentes bauruenses e também palco de vários shows de bandas conhecidas dos fãs, mas desconhecidas das fm’s, como também as conhecidas das fm’s mas odiadas pelos pais. Ficava a menos de um quarteirão da Avenida, enquanto esta abrigava na mesma época (2009) o também falecido Area 51, que abrangia um público mais adulto, ao apresentar bandas independentes de som pesado. Predecessor do antigo Area, o Áudio Galaxy também foi por anos palco de bandas independentes com estilos variados (destaque para o metal e o hardcore), servindo bebida gelada e cobrando barato a entrada.
    Persistindo como um dos mais longevos pubs da Avenida Principal, o Jack Music Pub, talvez mais lembrado e conhecido do que os outros, também é responsável atualmente por dar espaço a bandas independentes não somente de Bauru mas de outras partes do país.
   Em suma: o affair entre a avenida e o rock existe e não é de hoje, mas continuemos no 10-26.

Exilando os covers

     Desviando da fumaça e chamando a galera, apresentaram-se também a banda 
Recusa (regada a punk e hardcore), com mais de dez anos de estrada.
     Em meio aos shows, a 
Autoboneco de Aran subiu aos palcos trazendo seu autoral pós-punk com improvisações noises. E roubou a atenção de quem escreve. Mindfucking, a banda está prestes a completar 20 anos de estrada e conta com mais de dez álbuns. Sobre o nome da banda, ele explica que não é nada além da pura essência de seu símbolo, criado pelo vocalista aos 13 anos.

    Aran, assim como Khalil, comemora a iniciativa do Exílio em promover esse tipo de evento, dando oportunidade às bandas de usarem um bom espaço e fazer o que tem de ser feito. Como o músico mesmo disse, a cena está voltando a progredir na cidade, e aponta que “uma grande cagada das bandas, público e locais é lotar a casa com shows cover, mas não pagar as bandas autorais, essa desvalorização servil”. A banda reafirma dentro e fora dos palcos a importância do autoral quanto à personalidade e identidade da banda, e mostra que seguir seus ideais na música é plenamente alcançável.
   E para uma noite de sábado, em Bauru, na Avenida Principal, o único desejo que sobra é que o exílio continue.
Leia mais...

Na vibe certa


Texto e Fotos por Julia Gottschalk

Show no Jack anima a noite de sexta-feira em Bauru

Quando a banda Samanah disse na página do evento no Facebook que o Jack ficaria pequeno eles não estavam brincando. A banda, que já possui um leque grande de fãs fiéis na noite bauruense, levou o Jack Pub à provavelmente sua lotação máxima nessa última sexta-feira.

A Banda Soul Station abriu a noite timidamente, chamando uma vez ou outra as pessoas para dançar perto do palco. Mas a noite começou a ficar realmente agitada quando Coruja BC1 foi convidado a subir ao palco pela banda. O cantor deu uma pequena demonstração de seu talento, deixando bem claro que para ele a rima é uma forma de expressão tão natural quanto a própria fala.



Ao entrar no palco, Samanah conseguiu deixar o Jack menor ainda quando seus fãs deixaram de lado o costumeiro espaço entre a banda e o público.  O grupo que já é famoso na cidade costuma trazer um número grande de pessoas para seus shows, apesar disso um número grande de pessoas além dos costumeiros fãs também vieram e aprovaram.


O rapper fez participação especial no show dos amigos

A mistura de talentos no Jack Pub essa sexta foi com certeza a criação de uma vibe perfeita para todos que estavam lá. Para ver mais fotos do show, acesse nossa página no facebook!  


Leia mais...