SEDA | Ah se Lumiére visse isso e desse um clique!

8 de dezembro de 2011
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Texto e Fotos por Aline Ramos

Entrei meio com pressa, as luzes já tinham se apagado, a sessão já tinha começado. Ufa! Foi só a apresentação de quais curtas seriam exibidos - O Assassino do Bem, Salto no Vazio e O Estrangeiro. Tela grande, me afundei na poltrona. Mas espera ai, cadê o cheiro de pipoca? Cadê aquele croc croc croc de quem também vai tomar guaraná? Ah vá, estou querendo enganar quem? Vamos lá, pelo menos te situar.

  Seda > Mostra DF5 de filmes + Conversas Infinitas. Seis de dezembro.

O céu de Bauru não estava bonito (mas dava uma boa foto). O auditório do Sesc não estava cheio de gente bonita, bem vestida, feliz e hype. Será que a mostra foi refém daquilo que se propunha debater? A distribuição de filmes e os benefícios das plataformas onlines, como a DF5, por exemplo. Você, você mesmo leitor, que não foi, poderá ver os filmes que vi, sem pipoca e guaraná, aqui neste post. Ali, logo em baixo, com brigadeiro e coca cola, se preferir. Sendo dois filmes lançamento da DF5, essa história fica mais irônica?

Voltemos aos filmes. Cuidado Aline, se o Assassino do Bem te matar, é porque você está sendo chata neste texto. Ele poderia até me matar, mas acho que antes me mostraria alguns números. Segundo o relatório da DF5 sobre o filme “O Assassino do Bem” desde que foi lançado em setembro de 2010 até maio de 2011, o público presencial em cineclubes foi maior que os plays no Vimeo. Foram 11 sessões cineclubistas com um público de 1129 pessoas contra 682 plays e 100 downloads. Porém, há algo curioso nessa história. Os embeds no Vimeo foram de 1759, maior que o público físico e virtual. Mas fica aqui outra dúvida, será que nesse tempo de colaboração, o mais importante seja o ato de compartilhar do que o próprio conteúdo compartilhado?

[Assassino do Bem]



Estou a salvo, sobrevivi ao assassino do primeiro filme, mas será que volto do Salto no Vazio? O segundo filme exibido, não passa de um diário de bordo sobre a gravação do álbum da banda 4Instrumental na Argentina. Bacana, um makking off de um disco com toda aquela malemolência de quem botou o pé na estrada com câmera em mãos em outro país. Mas ainda assim, o resultado final da saga no vazio, o álbum em si, é mais agradável aos olhos e ouvidos. Ainda me lembro do show do 4Instrumental em Bauru e do quanto era possível ouvir pelo ar do Jack que a banda era muito foda e a pergunta “quanto custa o cd?”. Salto em cheio, isso sim.

[Salto no Vazio]



Mas que mostra de risco, não? O Estrangeiro não era teatro nem filme. Mas sim a mistura das duas linguagens, que como alguém observou, o vídeo lembra mais um texto do que um filme. A história é de Albert Camus, dirigido por Vera Holtz. Mas ai, enquanto o filme-texto tinha a sua primeira virada, paiiiiiiiin, problemas na projeção. Ainda bem que dá pra ver online, eu e você.

[O Estrangeiro]



Fim das projeções e inicio das Conversas Infinitas com Louise Akemi, responsável pela distribuição de produtos no Enxame Coletivo, Eduardo Porto, idealizador da Seda Bauru e Filipe Peçanha de São Carlos.


Década de 90, internet, distribuição, economia criativa e solidária, Fora do Eixo. E uma preocupação com a difusão do cinema pelo país, já que somente 8,4% das cidades no país possuem cinema. E ainda assim, a maioria localizados em shoppings. 

Se o acesso do brasileiro a internet continuar crescendo como nos últimos anos, as distribuidoras virtuais serão os principais veículos de difusão do cinema no país. Mas por enquanto é dificil afirmar qualquer coisa, já que menos da metade da população brasileira tem acesso a internet, são só 48%, aproximadamente 80 milhões de internautas brasileiros para uma população de 190.732.694 pessoas.

Opa, hora de fechar o Sesc. Vamos lá, as Conversas Infinitas também podem ser virtuais. 

“Filipe Garcia Peçanha aceitou a sua solicitação de amizade. Escreva no mural de Filipe.”


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