Os “mindingos” Do amor

19 de março de 2011
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Da esquerda: Marcelo, Gustavo, Ricardo e Gabriel

A simplicidade e a leveza que os membros do Do Amor levam consigo são de se admirar. Do camarim, pouco antes do show, falaram comigo e com a Bia. Tranquilos, tomando uma Coca, comendo sanduíches gostosos, dando risada. Veja qualquer foto de divulgação e entenda o que estou falando.

Esse (aparente) ar descompromissado talvez seja um modo subjetivo de definir o som da banda, a qual pode ser um exemplo notável do correto clichê de que não podemos rotular nada. Se tentássemos realizar a impossível tarefa, veríamos na lista: Carimbó, Novos Baianos, rock dos anos 80, e mais uma infinidade de influências. Ouça o CD "Do Amor", bote para tocar Shop Chop e Exploit, e compare com Vem Me Dar e Isso é Carimbó para perceber que dar um nome ao estilo dos Do Amor é uma perda de tempo.

“Nós quatro compomos, por isso a variedade de estilos. Mas a gente consegue manter uma sonoridade, de ouvir e saber que é o Do Amor”, explica Gustavo Benjão, guitarra e vocal. Os outros três são Gabriel Bubu (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo), Marcelo Callado (bateria). “E também tentar ser diferente sempre, pode se tornar um vício”, provoca Ricardo sorrindo pro resto da banda.

Gabriel arremata que o Do Amor é a junção do repertório de todos eles, de todos os vinis e músicas baixadas. “A gente tenta brincar com tudo isso e fazer o nosso trabalho. Com uma cara nossa, com o nosso comando”, diz Gabriel, que a exemplo de seus colegas de banda, já participou como músico de apoio de vários outros projetos.

Quando pergunto sobre a imagem que eles têm sobre o som da banda (!), relacionando com um texto do Rodrigo Amarante que está no MySpace Do Amor, Marcelo, de supetão, aponta: “De um mindingo!”  

Ouça a música “Mindingo” e tenha um aperitivo do que é o Do Amor.
“Pegar um jacaré, areia no ouvido (...) tomar um guaraná, comer um salgadinho”


 
Texto: Renan Simão
Foto: Marina Wang

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