Estilo faz toda a diferença- Banda Lanivus

20 de março de 2011
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Estilo, solos e referências bem definidas

Nunca as referências estéticas fizeram tanta diferença nesse Grito Rock.
A banda Lanivus marca indubitavelmente pelo seu estilo e secundariamente (e com não menos qualidade) pela sua música.
Onde leggings brilhantes, jaquetas de couro e cintos de oncinha definem um estilo, os solos alucinógenos de guitarra, a batida do baixo e a marcação da bateria tornam- se um complemento.
O público volta fácil às décadas de 70 e 80 e encontram em e Slash a principal referência explícita e implicitamente, desde cabelos a atitude displicente e rebelde, desde uma foto na camiseta do vocalista aos cabelos alvoroçados com chapéu, além da constante alusão ao estilo da banda americana New York Dolls.
A guitarra faz solos dignos de bandas consagradas sem ressentimento e despindo- se lentamente deixa explícito o corpo excessivamente magro e compulsivamente adornado desde bota country a brinco indígena.
Apesar da equivocada aparência sóbria, as performances não enganavam pela exaltação com pouca interação interna, além das características do vestuário constrangedor e marcante em todos os sentidos (quem viu me entende) obviamente herdadas de suas referências com letras libidinosas como eles mesmos definem no seu myspace.
Outra característica era a proposital aparência andrógina com a contribuição dos movimentos de seus corpos afoitos e os cortes de cabelos histéricos.
Hora em português com visível perda de qualidade, hora em inglês valorizando o vocal e mantendo as fugidas rápidas do palco
Do baixista não conhecemos os olhos por motivos óbvios de corte de cabelo, mas soubemos com propriedade da voz que vez ou outra felizmente aparecia. Louvava na camiseta o nome Motorhead e fugindo de um padrão, era o único all star da banda.
Alguns contratempos no começo do show não causaram o desânimo da banda de Londrina, Paraná que por nenhum momento deixou o tom respeitoso com o público, só não visto no camarim quando o guitarrista voluptuoso mostrava, a todo momento, querer conhecer "as meninas bonitas de Bauru" e sentir delas o "calor humano do público".
O baterista também tinha sua incomoda magreza e com isso uma aparente fragilidade sem provas concretas no momento de tocar o hard rock.
Enquanto comiam um lanche e fumavam um cigarro no pós show observei no vocal uma versão do Mick Jagger com traços delicados com David Bowie só que mais sorridente e incontestável aparência sulista (como me ajudou a constatar o Costela).
O fim repentino e sem reclamações me incomodou um pouco, mas os comentários confirmaram a minha teoria de que o estilo nesse e em vários momentos faz toda a diferença.


Mais sobre Lanivus:
http://www.myspace.com/lanivus
http://www.facebook.com/home.php#!/lanivus


Texto: Laura Luz
Foto: Herbert Bruggner Neto e Diogo Zambello
  1. Laura, uma das minhas teorias é que rock é 50% performance.
    Está completa de razão!!

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