Diário de bordo #2: Cine-Pizza

9 de setembro de 2011
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bem situado após ótima aterrissagem em Neves parti pro segundo capítulo da jornada.
Geralmente a gente come uma pizza, mata a fome e depois vai ver um filminho, em casa mesmo ou no cinema. Mas, o pessoal do Coletivo Semifusa teve a ideia brilhante (e inusitada) de juntar, ao mesmo tempo, pizza com cinema na programação do 2º Festival Pá na Pedra.

Em parceria com o "Ateliê da Pizza", a pizzaria virou cinema. Genial.




Alimentados pela torta de frango exuberante da dona Maria, ao invés de pizza, tombamos 7 garrafas de cerveja: gargantas secas e calor derretendo geral

Cheguei ao local, um ambiente bem simples e humilde, montado com várias mesas e cadeiras de madeira, embora aconchegante. Montamos o QG da comunicação como de praxe e logo os filmes começaram a rolar: Brega S/A e Sozinho no Inferno. A primeira Skol chegou e brindamos uma amizade e intercâmbio de ideias que estava só começando, na cia de: Mayara (do 103, de Viçosa), Luiza Guedes (do Goma, de Uberlândia) e a Raíssa Galvão (da CAFE MG) e principal articuladora da comunicação do Circuito Mineiro de Festivais

Os filmes
Brega S/A é um documentário de aproximadamente uma hora que conta a estória do surgimento e da cena que se formou ao redor do tecnobrega, em Belém do Pará, à partir de figuras lendárias como o DJ Maluquinho. Um dos pontos altos do filme é o relato do processo de distribuição dos CDs, gravados em larga escala, de maneira precária e escoados de maneira informal, no comércio ambulante, completamente inventado pelo sistema local. É a periferia e o marginal de Belém na tela.
Há ainda uma fala marcante: "As músicas duram muito pouco, tipo 3 meses, depois o sucesso passa, é muito volátil, então tem que aproveitar. Não é feito pra durar mesmo, é bem temporal".

Sozinho no Inferno é uma super produção da cidade, um filme dirigido, encenado e realizado por um só homem: Gemerson Sander. Um média-metragem de ficção científica filmado em Neves com apenas uma câmera, como não poderia deixar de ser, orgulho e unanimidade local.
O roteiro é coeso e a sonorização do vídeo impecável, curti, tem ambientação de filmão, helicópteros, carrões, fugas, vibe demais.



Fechamos o bar, após 4 saideras. Peguei uma conversa do Tim (agente audiovisual do Semifusa) com o provável dono do restaurante. "Acho que o pessoal gostou, vamos fazer mais vezes, uma vez por mês seria legal". Minutos antes, eu pilhava o Rodolfo, também Semifusa, pelo fato de ser um projeto de cineclube inédito, inovador...


Ainda tivemos tempo de ouvir que o gran finale do Pá na Pedra no próximo domingo deveria ser no Ateliê da Pizza, "por conta da casa".


Na volta pra casa, começou pra mim o Festival Transborda, uma semana de atividades na capital mineira, organizada pelo Coletivo Pegada, sem dúvidas um dos pontos altos do Circuito Mineiro de Festivais. Recebi a função de planejar toda a cobertura do festival, bem como eleger subgestores de cada área. 
Amanhã, sexta, já parto pra missão. Até!

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