Pé na Estrada

26 de junho de 2012
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São José do Rio Preto, 26 de Junho de 2012. 

A primeira Semana do Audiovisual - SEDA começou ontem em Rio Preto e segue até sábado, com uma programação que inclui mesas, debates, sessões, música e oficinas de Fotografia, Fanzine e Arte Marginal, Roteiro, Efeito Matrix, Grafitti Musgo, Stencil e Cobertura Colaborativa (!), oficina ministrada pela nossa colaboradora Laís Semis. O Jornal Diário da Região passou ontem na Sede do Timbre, Coletivo local, pra um bate-papo! Se liga:


Semana do Audiovisual conta com oficinas e apresentações

Por Vivian Lima

A cena audiovisual ocupa, nesta semana, oito pontos de Rio Preto. O motivo é a Seda - Semana do Audiovisual 2012, festival integrado de cinema realizado pelo Circuito Fora do Eixo. 

O evento acontece em diferentes regiões do País, mas chega a Rio Preto pela primeira vez este ano, realizado pelo Timbre Coletivo, grupo local que se dedica à produção cultural. 

Fabio Mouawad Luppi e Laís Semis estão 
envolvidos no projeto que coloca o audiovisual em foco 
O lançamento da Seda ocorreu ontem, mas a extensa programação do festival segue até sábado, dia 30 de junho. É possível participar de oficinas, mostras de produções cinematográficas e debates. Parte da grade também pode ser acompanhada pela internet, pela #PósTV. 

As discussões sobre o audiovisual ganham reforço associadas a outros temas e atrações de áreas como música e teatro. As atividades da Seda são gratuitas. A exceção é a festa de encerramento do festival, dedicada à música eletrônica, marcada para sábado. 

As atrações serão Tigre Dente de Sabre, Félix, Old Tree e Flex B. Para se inscrever nas oficinas, basta acessar timbrecoletivo.org/seda.

Outras casas

Ainda abrigam as atrações da Seda a União das Faculdades dos Grandes Lagos (Unilago), a livraria Empório Cultural, a sede do Timbre Coletivo, o Cursinho Alternativo, o Centro Cultural Vasco, a sede da companhia Fábrica de Sonhos e a Praça Dom José Marcondes, no centro da cidade. “Viemos com a proposta de ocupar vários lugares. Serão oito em seis dias de festival”, diz Fabio Mouawad Luppi, um dos integrantes do Timbre Coletivo. 

Entre os objetivos da Seda estão o estímulo à produção audiovisual local e o favorecimento da circulação de obras e profissionais do setor. “Favorece a cena local pela junção dos idealizadores e produtores, mostra e alavanca o trabalho dos profissionais de Rio Preto e região e incentiva o pessoal a produzir”, afirma Luppi. 

O integrante do Timbre Coletivo diz que a atenção à cena audiovisual local também aparece na escolha dos oficineiros. “Somente dois oficineiros são de fora: Laís Semis, de Bauru, e Célio Issao, de Sorocaba.” Laís Semis, 20 anos, é estudante de jornalismo na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e gestora de cobertura do portal E-colab. Ela participa da Seda ministrando, hoje, oficina de cobertura colaborativa. 

A atividade vai abordar o planejamento que uma cobertura dessa natureza exige, assim como as mídias sociais e outras ferramentas da internet podem ser utilizadas no trabalho de registro e divulgação de eventos culturais. 
A intenção é que os participantes da oficina, além de aprenderem sobre cobertura colaborativa, possam contribuir já na primeira edição da Seda em Rio Preto. “A cobertura colaborativa se desprende de algumas amarras. Capta o evento de diferentes formas, com liguagens que se complementam, com vídeos mais poéticos”, explica Laís. A Seda também inicia hoje a oficina de fanzine e arte marginal com o escritor Kleber Felix, 27 anos. A atividade terá continuidade amanhã e quinta-feira. Além da parte teórica, com conceitos sobre esse tipo de produção, os participantes irão criar um fanzine em conjunto. 

A palavra fanzine é a junção de “fanatic” e “magazine”. Trata-se de uma publicação independente que, apesar de ser bastante lembrada por sua relação com questões referentes a história em quadrinhos, pode envolver diversos temas. Os trabalhos de Felix, por exemplo, têm relação com a literatura. Ele dedica-se à ficção, escreve contos, romances e peças. 

Parte de sua produção, Felix vende à noite, em bares. Para ele, o festival Seda permite que as pessoas entrem em contato direto com as publicações independentes. “É importante para estar mais próximo do tema e não vê-lo só na TV e internet.” 


Serviço 


Informações adicionais em timbrecoletivo.org/seda

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