Lei do tempo, agricultura natural e sobrevivência do planeta

12 de junho de 2011
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Por Ana Laura Mosquera
Foto por Gabriel Ruiz

De como passou de amante do turismo à instrutora da lei do tempo no Sítio Casa do Jatobá, Flávia Toquetti deu início à palestra de ontem, sobre Permacultura, na USP. Só que o título que escolheu para a apresentação foi Sustentabilidade Planetária, nosso maior desafio. “A questão não é mais a nossa sobrevivência, mas sim que o Planeta perdure”, ela segue. Passando pelo conceito de biosfera, pela Hipótese de Gaia, convence o público da conexão das pessoas com o planeta e da necessidade de se levar uma vida mais sustentável.



“Não quero entrar muito nessa questão.” Era o que Flávia dizia quando se via falando sobre a lei do tempo. Não tinha nem como. Ela é instrutora da lei do tempo, e foi a partir dela que conheceu a Permacultura. A associação era inevitável. Do descobridor da lei do tempo aos pioneiros na Permacultura, Flávia fala sobre a necessidade de o homem adequar seu bioritmo ao bioritmo terrestre e da mudança do atual sistema agrícola para o sistema natural anterior, o do fazer-nada, para a sobrevivência do planeta. Ao citar o Movimento Cidades em Transição, do permacultor Rob Hopkins, fala sobre a necessidade de “reconectar” as pessoas para a formação de comunidades auto-suficientes.

Flávia também pontuou as dificuldades em implantar uma atividade como a Permacultura em uma cidade rica como Bauru. Permacultura significa “agricultura permanente”, de permanência mesmo, permanência no local. O produtor deve permanecer no local em que produz para que evitar gasto de energia e de dinheiro no ciclo da produção. E isso está muito longe de acontecer em uma cidade materialista como Bauru, segundo ela. O único problema é que o que já está acontecendo são as respostas da Terra à falta de cuidados com o planeta.

Por fim, Flávia convida todos para celebrar o Dia Mundial da Cultura da Paz (25 de Julho), que é também o Dia Fora do Tempo, intervalo entre os anos contados pelos adeptos da lei do tempo. Pois é como ela disse no início do encontro: espiritualidade (paz) e ciência estão intimamente ligadas, porque só uma mente sã é capaz de buscar um planeta sadio.


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