Compacto Arte #1

7 de junho de 2011
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A sala de reuniões ficou linda. O corredor ganhou cores e forma. Mãos, rostos, personagens. Parecem se comunicar com o observador. O olhar atento avalia o ambiente: sábado, oito da noite e entre cervejas e pinceladas a música ainda é audível. Som que lembra a rua. Rap, reggae urbano, rock rápido. Entra e sai de gente. Cheiro de spray, jornal, fita crepe, adesivo. Espaço urbano; dentro de casa.
Curiosidade de jornalista não falha. Arrisco: “O que vai ser aí?”. O artista rascunha. Acha graça na pergunta. “Ah, isso aí a gente nunca sabe né?” Sérgio Oliveira é residente do Mary Dota e é grafiteiro de anos pra cá. Não demora muito e vai trabalhar com arte no exterior. Ele brinca com o esboço. Arrisca um olho com o spray. Logo o branco gélido dá lugar a um rosto enigmático. Logo ao lado, Celso Oliveira projeta a linguagem de sinais na parede. Pronto. Tá registrada a mensagem.

Era quase meia noite quando deixei a sede do Enxame coletivo. O Compacto Arte reuniu cerca de 30 pessoas entre artistas e entusiastas. Estudantes de arquitetura, design e artes e gente que vive de arte, curiosos ; de Marília, ou de “5 ruas ali pra baixo.” Tem espaço para todo mundo. União dessas, que só a arte promove. Lugares inusitados que deram lugar à sutis intervenções. Outras escancaradas e indecifráveis. Parede por parede. Qual é sua arte?

Vídeo: Neurônio Produtora.


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