E quem disse que falta o vocal?

31 de outubro de 2011
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Fotos por Bianca Dias 
Texto por Luana Rodriguez

Gosto não se discute. Para quem gosta de música instrumental, a noite de quarta feira do Shiva foi um prato cheio. Para quem não curte música sem vocal, o ambiente estava mais para “festa estranha”. A noite estava quente na cidade sem limites, e o som da primeira banda a se apresentar, a bauruense The Almighty Devil Dogs era ouvido a quarteirões de distância. Com duas guitarras, um baixo e uma bateria, além de uma base de FX, o grupo empolgava o público em alguns momentos, que vez ou outra ensaiava alguns passos de dança.






Arrisco-me a dizer que a melhor música da banda foi a última. Com “modo foda-se”, e uma explicação do tipo “quando tudo dá errado a gente aperta o botãozinho...”. Os músicos conseguiram a atenção da galera mais dispersa, que se voltou ao palco para curtir o último som grupo. Galera, aliás, que estava em número bem mais reduzido do que de costume, o que deixava o ambiente (geralmente aconchegante do Shiva) bem mais vazio. 

Quando a segunda banda entrou, os argentinos da Falsos Conejos que já tocaram na cidade, pouca coisa mudou. O rock experimental e instrumental dos gringos, que se apresentavam pela segunda vez em Bauru, e entre batidas harmoniosas e agitadas, que uniam o rock a um cool jazz, o público começava a ir embora.

Entre os lustres que balançavam sobre o bar e as luminárias que criavam uma atmosfera mais intimista, era possível ouvir comentários contraditórios em relação ao que iam desde “não colocaria no meu Ipod” e “não tocaria no meu aniversário” até “adoro essa banda”.



Passava das duas da manhã quando, num português arranhado, foi anunciado a saidera. A galera que permaneceu no local aplaudiu o trio formado por bateria, guitarra e baixo, que abusava da intensidade marcante do som. E, no final, quem ficou, gostou.




Captação e Edição por Diogo Azuma 

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