SEDA "Ocupraça": a Rui Barbosa como palco

6 de junho de 2013
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Fotos por Higor Boconcelo
Texto por Pâmela Pinheiro Antunes e Higor Boconcelo


     Desde a última segunda-feira (03/06), foi dada largada à SEDA – Semana do Audiovisual de 2013. O evento, atualmente em sua quarta edição, é uma realização da equipe da Casa Fora do Eixo Bauru e seus colaboradores.

     Dentro da programação estava marcada a Ocupação Cultural na ilustre Praça Rui Barbosa, o ponto final do Calçadão da Batista (mesmo que por muitos considerados início, questão de perspectiva), coração do centro urbano de Bauru.  

    Tal apossamento cultural do local deu-se através de oficinas, exposições, teatro e música, concebendo um evento de oito horas de duração, tendo seu início marcado para às 14h. Depois de muita correria e esforço conjunto para ajeitar o ambiente público e afastar as pombas, a ocupação foi tomando sua forma.
 

     Na arte da customização, Marina Brito e os outros colaboradores da organização ofereceram a oficina de Stencil. Com a camiseta em mãos, o que restava ao público era escolher entre o logo da SEDA e criar uma estampa própria, feito isso, só se ajeitar e começar a pintar a peça.

    Mesmo que desconhecido da maioria dos transeuntes e presentes no evento, o fato da quarta-feira ser também o Dia Mundial do Meio Ambiente mereceu atenção na ocupação. Surpreendendo aos seus ouvintes, Marina os convidou, num bate-papo sobre consciência sustentável, a fecharem seus olhos e a imaginar o lugar onde queriam viver, que desejavam em seus sonhos ou consideravam ideal.

   Nenhuma resposta excluiu um ambiente natural em sua composição – onde a praia habita quase que a totalidade dos pensamentos ali expostos. A partir dessa reflexão, Marina contou sua própria experiência. Morou na Argentina, na região da Patagônia, “no meio do mato, sem energia elétrica nem nada”. Na tentativa de inspirar os ouvintes a uma consciência ativa nas questões ambientais, o convidado Lucas Ezias acalorou a conversa provocando reflexões políticas sobre a sociedade e o sistema atual.

     Em outra ponta, após o papo reflexivo, Luana Casagrande, colaboradora da Rede Fora do Eixo, ensinou a transformar caixinhas de leite longa-vida em carteiras de mão.  As atividades de reciclagem contaram também com as lições de um visitante surpresa. Emerson estava passando pela praça quando parou e ensinou aos colaboradores como transformar garrafas pet em carrinhos de brinquedo, somando à essência da ocupação o seu conhecimento.


     Da quantidade de pessoas que atravessam a Rui Barbosa, na correria ou não, o número de envolvidos pela celebração cultural acaba não importando. O que importa é que, de fato, houveram envolvidos. As vozes dos integrantes da Casa Fora do Eixo Bauru, amplificada pelo microfone, convidaram durante toda a tarde a população que ali transitava a sentar, ler uma revista, apreciar a apresentação poética da Frente Feminina de Hip-Hop de Bauru, a ocupar o espaço público de fato.

      Ao anoitecer, outras atrações vinham sendo anunciadas, dando continuidade ao evento. Com o fim do horário comercial, a única coisa que se encerrou junto com ele naquela praça será esse texto.

Dê uma olhada na cobertura fotográfica! Clique aqui.

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