Festival da Rádio – impressões sobre o segundo dia.

26 de maio de 2011
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Grande Guilhermão

por João Paloso

Eram umas quatro e vinte da tarde quando eu cheguei no Guilhermão.
Disseram que ia ter um tal de 'Festival de 20 anos da rádio'...
Cheguei lá... Mas não tava rolando nada... Acho que era muito cedo.
Bom, resolvi esperar... Sentei e acendi um cigarrinho.
Comecei a brisar...
Esse lugar é muito da hora para meditar... refletir...
Delirei de forma tão intensa que acabei pegando num sono...
Tive um sonho diferente...

Sonhei que estava numa pescaria... Uma pescaria de protesto...
Alunos protestando contra a construção de um lago e uma ponte, localizados num local completamente inútil da faculdade... E parece que a diretoria dessa faculdade tinha gasto uns 13 mil reais nessa bosta, alguma coisa assim...

Acordei assustado e ví uma mulher enorme correndo para todos os lados.
Me parece que ela estava fugindo de três homens malucos...
Era uma mulher realmente muito sedutora.
Hipnotizava e enlouquecia os homens.
Ela tirou uma maçã do sutiã. Os caras ficarão loucos.
Mas não, ela não deu pra eles... Guardou tudo pra si... Mordeu a maçã do pecado. Foi um verdadeiro pecado o que ela fez... Até eu queria comer ela (a maça ou a mulher?)
Foi um espetáculo.

Já era hora da festa começar.
Ia rolar uma premiação...
Os apresentadores explicaram os critérios de avaliação.
Um dos critérios era 'musicalidade', acho que é isso...
Bom, é o que se espera para uma banda, fala ai? Musicalidade pelo menos...
Olhei para o lado e vi que os jurados estavam dormindo...
Acorda ae, pow! A festa já começou (essa parte é zueira)
A galera colou em peso. As bandas concorrentes da noite eram Projeto Homem Bomba, Monte de Bossa, Deck 66, PsychoRoots, RoL, Estereoterapia e Samanah.
Tinha várias exposições artísticas na entrada...tava muito louco... Exposições interativas muito doidas. Além de algumas rodas de discussão e outras rodas também...
Estávamos ali, ocupando a universidade, ou, como diria a Laís,


“Ocupaculturando” a universidade
por Laís Bellini

O segundo dia do Festival Cultural 20 Anos da Rádio Unesp FM foi o primeiro que concentrou a galera no espaço da própria universidade. Um evento raro e que atraiu um público variado. Cada banda se apresentou com 3 músicas, uma autoral, uma cover e uma a escolha da própria banda. Com uma apresentação teatral e um som no violão, o evento começou. Fora do Guilhermão, anfiteatro onde rolava o som, muita coisa acontecendo: maquiagem, arte no retroprojetor, caricatura, exposições, pintura coletiva, enfim, muita coisa acontecendo mesmo! Aliás, essa pintura coletiva eu achei demais! Foi a primeira coisa que eu vi quando cheguei. Havia dois desenhos de digitais para serem formadas por stencil, mas ao invés de passarem um pincel ou um spray lá pra definir a “digitalzona” no papel de trás, os artistas pediam para a galera sujar os dedos com uma tinta vermelha e passar a própria digital nos espaços. Quando
pronto, o desenho representava várias digitais em uma só! A minha digital ficou lá, em vários pedacinhos!

Vamos ao concurso das bandas! A minha impressão foi que todas as bandas tremeram na base
na primeira música. Normal né, não é todo dia que bandas de Bauru têm a chance de disputar uma gravação em estúdio! Eu ficaria realmente nervosa se estivesse cantando ou tocando algum instrumento...

A partir da segunda música, todas se soltaram e foi bom demais, apesar do som que estava meio comprometido por causa do próprio lugar do evento. O Guilhermão, como disse uma amiga minha que estava do meu lado, “leva o som pra dentro e não pra fora”. Ou seja, o som não se espalhava, ficava contido no palco, fato bem ruim para um Festival com concurso entre bandas. No mais, foi tudo bem legal, a galera da faculdade curtindo um som e aproveitando o espaço que devemos sempre ocupar, afinal, ele é nosso, é de todos!


fotos: Diogo Zambello


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