3 ROUNDS DE PANCADARIA

19 de janeiro de 2011
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Foi no sábado, 15 de janeiro, que o @enxamecoletivo teve a estréia do projeto “Fora do Eixo ao Extremo” em Bauru. Com a intenção de trabalhar com uma vertente da música mais bruta e agressiva, o coletivo aderiu à proposta da rede Fora do Eixo para trabalhar com bandas “extremas”. A primeira #NoiteFdEEx levou ao palco do @JackPub duas bandas de Bauru – Bonequinho e D.O.S. (Down Of Suffering) - e a banda de Sorocaba, The Sams HardCore Orchestra.

A casa abriu às 23h55 e o show da primeira banda começou às 0h48. A D.O.S apresentou uma música que casava muito bem os acordes, mas não consegui entender muito bem o que era cantado - talvez devido à falta de costume com esse tipo de som. Uma gritaria absurda se misturava com o som pesado e a “dancinha da cabeça” do público que ainda timidamente assistia ao show. O som e a imagem da banda não estavam nenhum pouco em consonância, enquanto a pancadaria soava aos ouvidos a banda parecia calma e o baterista quase não se mexia para tocar.

D.O.S. com o primeiro e mais pesado som da noite...



Depois fui conversar com Leandro, o baxista que me disse: “A galera estanha que o som é pesado e quando olha não tem nenhum cabeludo, ninguém inteiro tatuado e eu de camisa pólo branca.”(riu)...

Enquanto isso várias video-cassetadas ocupavam a televisão do bar principal. À 1h33 a banda encerrou o show, mas antes agradeceu ao @enxamecoletivo por acreditar que o som próprio tem espaço e trabalhar para garantir essa carência que temos. Pedro, da the @thesamshc comentou: “Não é o tipo de som que eu gosto, mas dá pra perceber que é bem sincero”.

A baxista da banda Bonequinho
(Foto: Herbert Bruggner Neto)


A segunda banda começou mais leve. Bonequinho apresentou ali o projeto “Videologia” que integra efeitos e distorções musicais dos instrumentos e vozes à projeção de imagens durante todo o show com cores, ruídos, imagens abstratas, de épocas antigas, de trânsito e outras tantas coisas que se misturavam à trilha sonora comandada pela banda que lançava, também naquela noite, 3 CD's. Vale comentar que temos Amanda ,a baixista, como integrante da nossa equipe de cobertura colaborativa de eventos culturais na E-Colab. Os personagens caricatos da banda se integravam ao verdadeiro #CAOS e #Noize que produzem já há 15 anos. O show foi um pouco mais curto e acabou às 2h50.

Lembro do @joaoguiperussi comentando “ Eles não tentam ser só uma banda, eles expressam um sentimento. É arte. Acho muito louco!”

O terceiro round começou mais leve e com menos porrada. O Sax e o trompete completavam o som da The Sams HardCore Orchestra que misturava Ska + HC + circo + experimental + cumbiado + swing. Cheguei a perceber uma semelhanças com a Bandinha Di dá dó, Greenday, Móveis Coloniais de Acaju e NOFX. O som foi bem bom. A corda do baixista, que também trampa com o Massa Coletiva, estourou e o Pedro precisou emprestar o baixo da Amanda que mais uma vez colaborou.

A banda de sorocaba, The Sams HardCore Orchestre, fechou a noite.


O público no geral parecia mais calmo do que o normal.

Quando perguntei para o barman, Rodrigo, sobre a noite e sobre os trabalhos do @enxamecoletivo no @JackPub ele disse: “É a única noite que a galera aplaude. Isso é fera. Mas não gosto muito de música pesada.” já seu colega de bar comentou que o público na noite era muito mais respeitoso e fácil de lidar do que nas outras noites que a casa faz. O último show acabou às 4h. Um pouco mais de música e....partiu!


Artur Faleiros
artur@enxamecoletivo.org

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