Manifest... ação?

10 de abril de 2013
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Fotos e texto por  Giovanna Diniz

Parece pleonasmo dizer que o sábado estava um calor de rachar em Bauru. O importante é que com ou sem a marca registrada da cidade, o centro parecia ver mais um dia comum. As pessoas estavam em mais um dia de compras ou de trabalho nas lojas. Nem parecia que ali haveria um ato de repúdio contra um deputado federal. Esse provavelmente foi um erro da organização. Como se esperar que uma manifestação seja legítima sem a participação de todos - senão a maioria - dos setores da população bauruense? Pode ser que por ter começado de forma virtual e com a iniciativa de estudantes da UNESP e alguns integrantes de partidos da cidade não tenha alcançado esses bauruenses, mas porque não fazer num domingo? A ideia de conseguir a atenção dos transeuntes é uma boa, quando não é levado em consideração que essa segunda marcha atraiu apenas por volta de quinze pessoas, a maioria jovens e estudantes.

Mobilização como preservação dos direitos humanos

A dirigente regional do PSTU e uma das organizadorasdo ato, Gisele Costa diz que “o que faz os jovens ir pra ruas hoje não é só Feliciano, é a urgência conquistar direitos negados historicamente”. Ou seja, a juventude hoje busca manifestar-se por direitos que continuam sendo negados. No caso do direito dos negros, por exemplo, é fato de que muito precisa ser feito em lembrança ao seu histórico de opressão. É essa lembrança histórica que permite a contínua luta para garantir esses direitos, como diz o professor Clodoaldo Meneguello. “Resgatar o passado significa a possibilidade de avaliar o presente porque muito do que houve no passado continua a ocorrer em formas institucionais e culturais no presente. E só assim que é possível fortalecer uma democracia social, participativa, e não só uma democracia representativa”.

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